TOMANDO UM CHÁ DE CADEIRA...



Resolvi contar porque acabou sendo divertido...

Sempre procurei evitar ir ao Banco do Brasil. Esse banco é famoso e conhecido por fazer as pessoas esperarem muito para serem atendidas, mas muitooooooo mesmo. Geralmente perde-se uma manhã ou uma tarde toda por conta da imensa espera a que são submetidos os pobres coitados que necessitam de algum atendimento presencial na agência. Quando a pessoa com a qual precisam conversar não se encontra, ainda precisam voltar outras vezes... E mais vezes...

Antes de mais nada, preciso dizer que a minha conta no Banco do Brasil é conta salário, sendo essa a única razão de eu ainda não ter encerrado minha conta corrente nesse banco, pois nos outros bancos onde vou não costumo perder tanto tempo esperando para ser atendido.

Ao contrário dos outros bancos, o internet banking do Banco do Brasil é o único a dar problemas de acesso comigo. Sempre aparecem mensagens de erro e a minha senha é bloqueada. Creio que seja porque o navegador atualiza automaticamente e depois disso o sistema do banco, muito fraquinho, acha que o acesso está se dando através de outro computador. Isso já aconteceu várias vezes e, em todas essas vezes, para cadastrar uma nova senha, tive que comparecer na agência. Não dá para desbloquear a senha e nem para cadastrar uma nova pelo caixa eletrônico. Tem que tomar um cházinho de cadeira básico dentro do banco...

Bem, mais uma vez minha senha foi bloqueada e tive que ir até a agência. Era o dia 03/06/2015. Eram 13:00hs e eu tinha uma consulta médica marcada para as 16:40hs. Como tratava-se do Banco do Brasil, por via das dúvidas, no caminho liguei desmarcando a consulta, pois talvez não desse tempo de resolver meu problema na agência.

Cheguei ao Banco e vi que estava lotado. No andar inferior, já comecei tendo que esperar um tempo na fila para pegar uma senha de atendimento, que seria nas mesas do andar superior. Maravilha! Peguei minha senha. Nesse momento eram 13:33hs.



Chegando lá em cima, meio que desanimado por saber que iria ficar um longo tempo esperando, sentei numa das cadeiras e fiquei esperando...

Esperando...
Esperando...

Esperando...
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Esperando...
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Havia uma senhorinha sendo atendida numa das mesas. A atendente se levantava, xerocava uns papéis, voltava para a mesa, mexia no computador, se levantava de novo...

Esperando...
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Esperando...
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Esperando...
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Não estava afim de ficar jogando no meu celular, não. Nem gosto desses joguinhos. Acho muita perda de tempo. Então, fotografei o papelzinho que estava com a minha senha de atendimento (foto acima).

Esperando...
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Esperando...
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Tinha um cara sentado do meu lado que estava desesperado com o tempo em que já estava lá esperando para ser atendido. Ele parecia ter chegado ao banco antes da hora do almoço e estava lá esse tempo todo.

Esperando...
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Esperando...
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E a cada momento chegava mais gente para ser atendida. Quase não havia mais cadeiras disponíveis. Havia várias mesas vazias e somente dois atendentes conversando nas outras, inclusive aquela senhorinha ainda estava sendo atendida numa delas. Depois de um tempo chegou mais um atendente. Resolvi tirar uma foto do meu relógio.



Esperando...
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Esperando...
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Esperando...
Esperando...

De repente, na tela onde aparecem as senhas chamadas para atendimento, começaram a aparecer várias senhas em seguida. Era uma única mesa chamando as senhas, uma por uma, em sequência. A atendente chamava uma senha, ninguém aparecia. Chamava a mesma senha de novo, ninguém aparecia. Então ela passava para a senha seguinte e assim por diante. Eu juro, foram chamadas umas quatro ou cinco senhas e ninguém apareceu. Devem ser de pessoas que se cansaram de ficar esperando e foram embora. Nessas faltas, acho que o meu atendimento foi antecipado numas duas horas.

Esperando...
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Já não sabia mais o que fazer. Já estava para se completar a primeira hora de espera e nada de eu ser atendido. Pensei em sair para tomar um café, dar um cochilo em casa e depois voltar para a agência, mas vai que nesse intervalo acontece uma zebra e eles chamam a minha senha, não é?

Esperando...
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Aproveito essa ocasião para dar uma sugestão para os gestores do banco. Não estou criticando nada não, pois entendo que cada banco tem o seu modo e a sua sistemática de atendimento. Igualmente cada banco tem o seu grau de respeito para com seus clientes. Ao invés de cadeiras para os clientes ficarem esperando serem atendidos, o que depois de algumas horas de espera acaba ficando algo desconfortável para quem ficou esse tempo todo sentado, deixo minha sugestão para que ofereçam uma minicama ou pelo menos um colchonete para quem desejar. Assim, dá para tirar um bom cochilo enquanto se espera para ser atendido. Seria uma espécie de atendimento VIP que agradaria muita gente.

Esperando...
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Esperando...
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Esperando...
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De repente, vejo que o número de minha senha apareceu na tela de chamada. Achei que havia algo de errado, pois eu só estava esperando um pouco mais de uma hora. Um tempo de espera muito pequeno para o padrão com o qual estou habituado nesse banco. Olhei de novo e era mesmo a minha senha. Putz, se eu soubesse não teria desmarcado meu médico.

Ao procurar o número da minha mesa, onde eu seria atendido, notei que aquela senhorinha da qual falei antes ainda estava sentada em frente a uma das mesas, ainda sendo atendida. Coitada, ela era idosa e estava meio que debruçada sobre a mesa, de tanto cansaço que estava sentindo com a demora em ter o seu problema resolvido.

A mulher que me atendeu foi muito atenciosa, prestativa e eficiente. Rapidamente realizou o cadastro de uma nova senha. Antes de eu ir embora, eu pedi para que ela me desse algum comprovante com o horário em que eu fora atendido. Ela disse que não poderia fazer isso e que somente o gerente poderia me dar esse comprovante. Ela disse que eu precisava descer até o andar de baixo e procurá-lo. Então pedi a ela que escrevesse num papelzinho o horário do atendimento para que eu pudesse levar até o gerente. Assim ela o fez.



Descendo as escadas até o andar de baixo, já estava quase desistindo de falar com o tal gerente. Seriam mais algumas horas de espera e eu não estava afim de tomar mais chá, mas arrisquei. Cheguei lá embaixo, havia um monte de mesas vazias, um monte de gente esperando para ser atendida pelos poucos funcionários que lá estavam e logo já imaginei que o tal gerente com quem eu deveria conversar não deveria estar lá. Se ele estivesse e se eu realmente quisesse falar com ele, deveria encarar mais um longooooooo tempo de espera. Por sorte minha ele não estava e eu fui embora.

Sei que logo minha senha será bloqueada de novo e eu terei de voltar ao banco mais uma vez. Isso me desanima profundamente, pois sei que vou ter que ficar esperando...

Esperando...
Esperando...

Esperando...
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Esperando...
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